grande apóstolo de Maria Santíssima, escreveu:
“A Santíssima Virgem revelou ao Bem-aventurado Alain de la Roche que,
depois do Santo Sacrifício da Missa, que é o primeiro e mais vivo
memorial da Paixão de Jesus Cristo, não havia devoção mais excelente e
meritória que o Rosário, que é como que um segundo memorial e
representação da vida e da Paixão de Jesus Cristo”.
Assim sendo, depois da Santa Missa o Santo Rosário é a mais poderosa
arma de eficácia comprovada contra Satanás e seus sequazes, que procuram
perder as almas.
É um meio de salvação dos mais poderosos e eficazes que nos foi oferecido pela Divina Providência.
O Rosário soluciona inúmeros problemas, assegura a salvação eterna e
antecipa a implantação no mundo do Reino do Imaculado Coração de Maria.
O Rosário, Instrumento de Salvação.
(Extraído do livro: A eficácia maravilhosa do Santo Rosário,
de São Luís Maria Grignion de Montfort)
A Santíssima Virgem revelou ao Beato Alano que, quando São Domingos
pregou o Rosário, pecadores endurecidos foram tocados e choraram
amargamente seus crimes, e até crianças fizeram penitências incríveis.
O fervor foi tão grande, por toda a parte onde ele pregava, que os
pecadores mudaram de vida e edificaram todo o mundo por suas
penitências.
Se vós sentis vossa consciência carregada de pecados, tomai o Rosário
e rezai uma parte dele em honra de alguns dos mistérios da vida, da
paixão ou da glória de Jesus Cristo.
Convencei-vos de que, enquanto estiverdes meditando e honrando esses
mistérios, no céu Ele mostrará suas chagas sagradas ao Pai, tomará a
vossa defesa e obterá a contrição e o perdão dos vossos pecados. Ele
mesmo disse um dia ao Beato Alano: “Se esses míseros pecadores rezassem
frequentemente o Rosário, participariam dos méritos da minha paixão e
Eu, como seu advogado, aplacaria a Justiça divina”.
Nossa vida é uma guerra e uma tentação contínuas, na qual não temos
que combater inimigos de carne e de sangue, mas as próprias potências do
inferno.
Armai-vos, pois, com a arma de Deus que é o santo Rosário. Esmagareis
assim a cabeça do demônio e permanecereis inabaláveis diante de todas
as suas tentações.
É por isso que o Rosário, ainda que considerado materialmente, é tão
terrível ao demônio, e os Santos dele se serviram para expulsá-lo dos
corpos de possessos, como testemunham muitas narrativas.
O Beato Alano atesta que livrou grande número de possessos colocando o Rosário em seu pescoço.
Santo Agostinho assegura que não há exercício mais frutuoso e mais
útil para a salvação do que pensar frequentemente nos sofrimentos de
Nosso Senhor.
Santo Alberto Magno, mestre de São Tomás, soube por revelação que a
simples lembrança ou meditação da paixão de Jesus Cristo é mais
meritória ao cristão do que jejuar a pão e água todas as sextas-feiras
de um ano inteiro, ou tomar a disciplina até o sangue todas as semanas,
ou recitar todos os dias os cento e cinqüenta Salmos.
O Padre Dorland conta que a Santíssima Virgem declarou ao venerável
Domingos, cartuxo devoto do santo Rosário, que residia em Trèves no ano
de 1481, que “todas as vezes que um fiel recita o Rosário com as
meditações dos mistérios da vida e da paixão de Jesus Cristo em estado
de graça, ele obtém plena e inteira remissão de todos os seus pecados”.
Ao Beato Alano, Ela disse: “Grande quantidade de indulgências foram
concedidas ao meu Rosário, mas fica sabendo que Eu acrescentarei ainda
muitas mais, aos que rezarem o terço em estado de graça, de joelhos e
devotamente. E a quem nas mesmas condições perseverar nessa devoção, Eu
lhe obterei no fim da vida, como recompensa por esse bom serviço, a
plena remissão da pena e da culpa de todos os seus pecados”.
Por que Nossa Senhora insiste tanto na Oração do Rosário?
Em 1945 os americanos lançaram a bomba atômica sobre duas cidades
japonesas: Nagasaki e Hiroshima. Nesta última, num raio de um quilômetro
e meio do centro da explosão, ficou tudo arrasado e todos os habitantes
morreram carbonizados. A casa paroquial, com oito moradores jesuítas,
que distava apenas 800 metros da explosão, ficou de pé e os seus
moradores ficaram ilesos.
O Pe. Hubert Shiffer era um deles e tinha então 30 anos. Depois viveu
mais 33 completamente com saúde e nenhum dos moradores da casa sofreu
as conseqüências da radioatividade. Ele contou a sua experiência no
Congresso Eucarístico da Filadélfia (EUA) em 1976. Então todos os
membros daquela comunidade ainda viviam.
O Pe. Shiffer foi examinado e interrogado por mais de 200 cientistas e
não puderam explicar como, no meio de milhares de mortos, ele e seus
companheiros tinham podido sobreviver. O Pe. Shiffer afirmou que
centenas de cientistas e pesquisadores por vários anos continuaram a
investigar por que a casa paroquial não foi atingida quando tudo ao
redor ficou arrasado. E o padre explicou, dizendo: “Naquela casa se
rezava todos os dias, em comum, o Santo Rosário. Por isso, foi protegida
por Nossa Senhora”.
Nossa Senhora, a partir principalmente de Lourdes, dá uma ênfase toda
especial à oração do Rosário. Em Lourdes aparece sempre com o ROSÁRIO.
Em outras aparições, pede sempre que se reze o Rosário. Em Fátima, em
cada uma das aparições, ela insiste: “Rezem o ROSÁRIO DIARIAMENTE”.
Em Medjugorje, desde o início, pede que se reze o Rosário. Em
14/08/84, ela diz: “Eu gostaria que cada dia se rezasse pelo menos o
Rosário”. Em 27/09/84: “Peço às famílias da paróquia que rezem o rosário
em família”.
No dia 25/06/85 a vidente Marija pergunta a Nossa Senhora o que
deseja dizer aos sacerdotes. Ela responde: “Caros filhos, eu os exorto a
convidar todos à Oração do Rosário. Com o rosário, vencerão todas as
dificuldades que Satanás, neste momento, quer colocar no caminho da
Igreja Católica. Vocês todos, Sacerdotes, Rezem o Rosário. Consagrem
tempo ao Rosário”.
O Papa, no 80º aniversário das aparições em Fátima, disse:
“Caríssimos irmãos, rezai o Rosário todos os dias! Peço vivamente aos
pastores para rezar o Rosário nas suas comunidades cristãs. Ajudai o
povo de Deus a retornar à oração cotidiana do Rosário”.
A Origem da Ave-Maria
É bom lembrar que, a segunda parte da Ave-Maria (“Santa Maria, Mãe de
Deus”), foi introduzida na oração por ocasião da vitória sobre a
heresia nestoriana, deflagrada no ano de 429.
O bispo Nestório, Patriarca de Constantinopla, afirmava ser Maria mãe
de Jesus e não Mãe de Deus. O episódio tomou feições tão sérias que
culminou no Concílio de Éfeso convocado pelo Papa Celestino I. Sob a
presidência de São Cirilo (Patricarca de Alexandria), a heresia foi
condenada e Nestório, recusando a aceitar a decisão do conselho, acabou
sendo excomungado. (Leia o artigo XVI do livro Oriente para saber mais
sobre a heresia nestoriana).
Conta-se que no dia de encerramento do Concílio, onde os Padres
Conciliares exaltaram as virtudes e as prerrogativas especiais da VIRGEM
MARIA, o Santo Padre Celestino ajoelhou-se diante da assembléia e
saudou Nossa Senhora, dizendo: “SANTA MARIA, MÃE DE DEUS, rogai por nós
pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.”
Na continuidade dos anos, esta saudação foi unida àquela que o
Arcanjo Gabriel fez a Maria, conforme o Evangelho de Jesus segundo São
Lucas 1,26-38 “Ave cheia de graça, o Senhor está contigo!” e também, a
outra saudação que Isabel fez a Maria, para auxiliá-la durante os
últimos três meses de sua gravidez: “Bendita és tu entre as mulheres, e
bendito é o fruto do teu ventre.” (Lucas1, 42) Estas três saudações
deram origem a AVE MARIA.
Como surgiu a oração do Santo Rosário
A oração do Santo Rosário surge aproximadamente no ano 800 à sombra
dos mosteiros, como Saltério dos leigos. Dado que os monges rezavam os
salmos (150), os leigos, que em sua maioria não sabiam ler, aprenderam a
rezar 150 Pai Nossos. Com o passar do tempo, se formaram outros três
saltérios com 150 Ave Marias, 150 louvores em honra a Jesus e 150
louvores em honra a Maria.
Posteriormente fez-se uma combinação dos quatro saltérios, dividindo
as 150 Ave Marias em 15 dezenas e colocando um Pai nosso no início de
cada uma delas. Em 1500 ficou estabelecido, para cada dezena a meditação
de um episódio da vida de Jesus ou Maria, e assim surgiu o Rosário de
quinze mistérios.
Rosa das rosas, Rainha das rainhas.
A palavra Rosário vem do latim Rosarium, que significa ‘Coroa de Rosas’.
Nossa Senhora é a Rosa Mística (como é invocada na Ladainha
Lauretana), e em sua homenagem o nome Rosário, que vem de Rosas. A
Virgem Maria revelou a muitas pessoas que cada vez que rezam uma Ave
Maria lhe é entregue uma Rosa espiritual, e por cada Rosário completo,
lhe é entregue uma Coroa de Rosas.
A rosa é a rainha das flores, Rosa das rosas, como é a Rainha das
rainhas. sendo assim o Rosário a Rosa de todas as devoções e, portanto, a
mais importante.
O Santo Rosário é considerado a oração perfeita porque junto com ele
está a majestosa história de nossa salvação. Com o rosário, meditamos os
mistérios de gozo, de dor e de glória de Jesus e Maria. É uma oração
simples, humilde como Maria. É uma oração que podemos fazer com ela, a
Mãe de Deus. Com o Ave Maria a convidamos a rezar por nós. A Virgem
sempre nos dá o que pedimos. Ela une sua oração à nossa. Portanto, esta é
mais poderosa, porque Maria recebe o que ela pede, Jesus nunca diz não
ao que Sua Mãe lhe pede. Em cada uma de suas Aparições, nos convida a
rezar o Rosário como uma arma poderosa contra o maligno, para nos trazer
a verdadeira paz.
São Domingos e o Santo Rosário.
A difusão e posterior expansão do Rosário, a Igreja atribui à São
Domingos de Gusmão (século XII), conhecido como o “Apóstolo do Rosário”,
cuja devoção propagou aos católicos como arma contra o pecado e contra a
heresia albigense , que assolava Toulose (França).
Segundo respeitosa tradição, Nossa Senhora numa Aparição revelou a
devoção ao Rosário a São Domingos de Gusmão, em 1214, como meio para
salvar a Europa de uma heresia.
Eram os albigenses, que, como uma epidemia maldita, contagiavam com
seus erros outros países, a partir do norte da Itália e da região de
Albi, no sul da França. De onde o nome de albigenses atribuído a esses
hereges, conhecidos também como cátaros (do grego: puros), pois assim
soberbamente se auto nomeavam.
Eram lobos disfarçados com pele de ovelha, infiltraram-se nos meios
católicos para melhor enganar e captar simpatia. Tais hereges pregavam,
entre outros erros, o panteísmo, o amor livre, a abolição das riquezas,
da hierarquia social e da propriedade particular — salta aos olhos a
semelhança com o comunismo.
Várias regiões da Europa do século XIII ficaram infestadas pela
heresia albigense, e toda a reação católica visando contê-la mostrava-se
ineficaz. Os hereges, após conquistar muitas almas, destruir muitos
altares e derramar muito sangue católico, pareciam definitivamente
vitoriosos.
São Domingos (mais tarde fundador da Ordem Dominicana) intrepidamente
empenhou-se no combate à seita albigense, não conseguindo, porém,
sobrepujar o ímpeto dos hereges, que continuavam pervertendo os fiéis
católicos. E os que não se pervertiam eram massacrados.
Desolado, São Domingos suplicou à Virgem Santíssima que lhe indicasse
uma eficaz arma espiritual capaz de derrotar aqueles terríveis
adversários da Santa Igreja.
A Aparição da Santíssima Virgem
Quando tudo parecia perdido, Nossa Senhora interveio nos acontecimentos para salvar a Cristandade desse mal.
O Bem-aventurado Alain de la Roche (1428 – 1475), célebre pregador da
Ordem Dominicana, no livro Da dignidade do Saltério, narra a aparição
de Nossa Senhora a São Domingos, em 1214. Nessa aparição, Ela ensina
aquele Santo a pregar o Rosário (também chamado Saltério de Maria, em
lembrança dos 150 salmos de Davi) para salvação das almas e conversão
dos hereges.
Na obra de São Luís Grignion de Montfort acima citada, ele transcreve tal narração:
Vendo São Domingos que os crimes dos homens criavam obstáculos à
conversão dos albigenses, entrou em um bosque próximo a Toulouse e
passou nele três dias e três noites em contínua oração e penitência, não
cessando de gemer, de chorar e de macerar seu corpo com disciplinas
para aplacar a cólera de Deus, até cair meio morto.
A Santíssima Virgem, acompanhada de três princesas do Céu, lhe apareceu e disse:
— Sabes tu, meu querido Domingos, de que arma se serviu a Santíssima Trindade para reformar o mundo?
— Ó Senhora! – respondeu ele – Vós o sabeis melhor do que eu, porque
depois de vosso Filho Jesus Cristo, fostes o principal instrumento de
nossa salvação’.
Ela acrescentou:
— Saiba que a peça principal da bateria foi a saudação Angélica, que é
o fundamento do Novo Testamento; e portanto, se queres ganhar para Deus
estes corações endurecidos, reza meu Saltério.
Rosário esmaga heresia albigense
O Santo se levantou muito consolado e abrasado de zelo pelo bem
daquela gente; entrou na igreja catedral; no mesmo momento os sinos
tocaram, pela intervenção dos anjos, para reunir os habitantes. No
princípio da pregação, formou-se uma espantosa tormenta; a terra tremeu,
o sol se obscureceu, os repetidos trovões e os relâmpagos fizeram
estremecer e empalidecer os ouvintes; e aumentou seu terror ao ver uma
imagem da Santíssima Virgem, exposta em lugar proeminente, levantar os
braços três vezes ao Céu para pedir a Deus vingança contra eles, se não
se convertessem e não recorressem à proteção da Santa Mãe de Deus.
O Céu queria por esses prodígios aumentar a nova devoção do santo Rosário e torná-la mais notória.
A tormenta cessou por fim, pelas orações de São Domingos. Ele
continuou seu sermão, e explicou com tanto fervor e entusiasmo a
excelência do santo Rosário, que os moradores de Toulouse (um dos
principais focos da heresia) o abraçaram quase todos e renunciaram a
seus erros, vendo-se em pouco tempo uma grande mudança na vida e nos
costumes da cidade.
Melhor artilharia contra o demônio e sequazes.
Empunhando a potente arma do Rosário, São Domingos retornou ao
combate, pregando incansavelmente na França, Itália e Espanha a devoção
que a própria Senhora do Rosário lhe ensinara, e por todas as partes
reconquistava as almas: os católicos tíbios se afervoravam, os
fervorosos se santificavam; as ordens religiosas floresciam; convertia
os hereges, que, abjurando seus erros, voltavam à Igreja aos milhares;
os pecadores se arrependiam e faziam penitência; expulsava os demônios
de possessos; operava milagres e curas. Somente na Lombardia, o ardoroso
cruzado do Rosário converteu mais de 100 mil hereges albigenses.
Tudo por meio da melhor artilharia contra o demônio e seus seguidores: o Santo Rosário.
O herói Conde Simão de Montfort.
Mas restavam ainda aqueles hereges empedernidos, que não se
convertiam de nenhum modo, e procuravam reverter a derrota fazendo
estragos em alguns outros países. Para resolver o problema, Nossa
Senhora, além do heróico São Domingos, suscitou outro herói para
erradicar da Europa a heresia: o admirável Conde Simão de Montfort. O
primeiro empunhou como arma o Rosário, o segundo empunhou a espada. Uma
combinação perfeita: o espírito de oração com o espírito de cruzada em
defesa da Fé Católica.
A história de Simão de Montfort é, além de admirável, extensa.
Citemos a propósito, apenas de passagem, um trecho extraído do livro de
São Luís Grignion de Montfort (o sobrenome de ambos é o mesmo, embora,
segundo parece, não fossem parentes – pelo menos não há dados
concludentes a respeito):
Quem poderá contar as vitórias que Simão, Conde de Montfort, obteve
contra os albigenses sob a proteção de Nossa Senhora do Rosário? Foram
tão notáveis, que jamais se viu no mundo coisa parecida. Com quinhentos
homens, desbaratou um exército de dez mil hereges.
Outra vez, com trinta homens, venceu a três mil. Depois, com mil
infantes e quinhentos cavaleiros, fez em pedaços o exército do rei de
Aragão, composto de cem mil homens, perdendo somente oito soldados de
infantaria e um de cavalaria.
Livre a França da heresia albigense, a devoção ao Santo Rosário
atravessou as fronteiras. São Domingos pregou incansavelmente, até o fim
de seus dias, esta milagrosa e eficientíssima devoção nos países
vizinhos, colhendo neles semelhantes frutos. Atravessou não somente as
fronteiras européias, mas os continentes e também os séculos, uma vez
que, até os presentes dias, o Rosário é rezado com grande fruto em todos
os países do mundo.
Os Papas recomendam o Rosário
Pio IX: “Assim como São Domingos se valeu do Rosário como de uma
espada para destruir a nefanda heresia dos albigenses, assim também hoje
os fiéis exercitando o uso desta arma — que é a reza cotidiana do
Rosário — facilmente conseguirão destruir os monstruosos erros e
impiedades que por todas as partes se levantam” (Encíclica Egregiis, de 3
de dezembro de 1856).
Leão XIII: “Queira Deus — é este um ardente desejo Nosso — que esta
prática de piedade retome em toda parte o seu antigo lugar de honra! Nas
cidades e aldeias, nas famílias e nos locais de trabalho, entre as
elites e os humildes, seja o Rosário amado e venerado como insigne
distintivo da profissão cristã e o auxílio mais eficaz para nos
propiciar a divina clemência” (Encíclica Jucunda semper, de 8 de
setembro de 1894).
São Pio X: “O Rosário é a mais bela e a mais preciosa de todas as
orações à Medianeira de todas as graças: é a prece que mais toca o
coração da Mãe de Deus. Rezai-o todos os dias”.
Bento XV: “A Igreja, sobretudo por meio do Rosário, sempre encontrou
nEla a Mãe da graça e a Mãe da misericórdia, precisamente conforme tem o
costume de saudá-La. Por isso, os Romanos Pontífices jamais deixaram
passar ocasião alguma, até o presente, de exaltar com os maiores
louvores o Rosário mariano, e de enriquecê-lo com indulgências
apostólicas”.
Pio XI: “Uma arma poderosíssima para pôr em fuga os demônios ….
Ademais, o Rosário de Maria é de grande valor não só para derrotar os
que odeiam a Deus e os inimigos da Religião, como também estimula,
alimenta e atrai para as nossas almas as virtudes evangélicas”
(Encíclica Ingravescentibus malis, de 29 de setembro de 1937).
Pio XII: “Será vão o esforço de remediar a situação decadente da
sociedade civil, se a família, princípio e base de toda a sociedade
humana, não se ajustar diligentemente à lei do Evangelho. E nós
afirmamos que, para desempenho cabal deste árduo dever, é sobretudo
conveniente o costume do Rosário em família” (Encíclica Ingruentium
malorum, de 15 de setembro de 1951).
João XXIII: “Como exercício de devoção cristã, entre os fiéis de rito
latino, …. o Rosário ocupa o primeiro lugar depois da Santa Missa e do
Breviário, para os eclesiásticos, e da participação nos Sacramentos,
para os leigos” (Carta Apostólica Il religioso convegno, de 19 de
setembro de 1961).
Paulo VI: “Não deixeis de inculcar com toda a diligência e
insistência o Rosário marial, forma de oração tão grata à Virgem Mãe de
Deus e tão freqüentemente recomendada pelos Romanos Pontífices, pela
qual se proporciona aos fiéis o mais excelente meio de cumprir de modo
suave e eficaz o preceito do Divino Mestre: ‘Pedi e recebereis, buscai e
achareis, batei e abrir-se-vos-á’ (Mt. 7, 7)” (Encíclica Mense maio, de
19 de abril de 1965).
João Paulo II: “O Rosário, lentamente recitado e meditado — em
família, em comunidade, pessoalmente — vos fará penetrar pouco a pouco
nos sentimentos de Jesus Cristo e de sua Mãe, evocando todos os
acontecimentos que são a chave de nossa salvação” (Alocução de 6 de maio
de 1980).
Inimigos internos e externos vencidos pelo Rosário
Como acabamos de ver, São Domingos, com a cruzada de orações que
empreendeu por meio do Rosário, derrotou os inimigos internos da Igreja
vencendo a seita albigense infiltrada entre os católicos. Veremos agora
um exemplo histórico de como o Santo Rosário derrotou inimigos externos
da Cristandade.
No século XVI, o poderio otomano (sobretudo o Império turco, de
religião muçulmana) crescia espantosamente e tudo empreendia para
aniquilar e dominar a Europa cristã. Os turcos já haviam conquistado
Constantinopla e ocupado a ilha de Chipre, de onde pretendiam marchar em
direção ao Ocidente.
Em face do iminente perigo para a Cristandade, o Sumo Pontífice de
então, o Papa São Pio V, conclamou os príncipes europeus a se unirem
numa frente comum contra o inimigo. Reuniu uma pequena esquadra composta
com o apoio de Felipe II da Espanha, das Repúblicas de Veneza e de
Gênova e do Reino de Nápoles, além de um contingente dos Estados
Pontifícios.
São Pio V não desanimou ante a desproporção das forças, pois confiava
mais na proteção de Deus e de sua Santíssima Mãe. Entregou ao
generalíssimo D. João d’Áustria o comando da esquadra e deu-lhe um
estandarte com a imagem de Nossa Senhora, pedindo-lhe que partisse logo
ao encontro do inimigo.
Na batalha de Lepanto: A vitória salvadora.
Há 436 anos, em 7 de outubro de 1571, a esquadra católica, composta
de aproximadamente 200 galeras, concentrou-se no golfo de Lepanto. D.
João d’ Áustria mandou hastear o estandarte oferecido pelo Papa e
bradou: “Aqui venceremos ou morremos”, e deu a ordem de batalha contra
os seguidores de Maomé. Os primeiros embates foram favoráveis aos
muçulmanos, que, formados em meia-lua, desfecharam violenta carga. Os
católicos, com o Terço ao pescoço, prontos a dar a vida por Deus e tirar
a dos infiéis, respondiam aos ataques com o máximo vigor possível.
Mas, apesar da bravura dos soldados de Cristo, a numerosíssima frota
do Islã, comandada por Ali-Pachá, parecia vencer. Após 10 horas de
encarniçado embate, os batalhadores católicos receavam a derrota, que
traria graves conseqüências para a Civilização Cristã européia. Mas, ó
prodígio! Ficaram surpresos ao perceberem que, inexplicavelmente e de
repente, os muçulmanos, apavorados, bateram em retirada…
Obtiveram mais tarde a explicação: aprisionados pelos católicos,
alguns mouros confessaram que uma brilhante e majestosa Senhora
aparecera no céu, ameaçando-os e incutindo-lhes tanto medo, que entraram
em pânico e começaram a fugir.
Logo no início da retirada dos barcos muçulmanos, os católicos
reanimaram-se e reverteram a batalha: os infiéis perderam 224 navios
(130 capturados e mais de 90 afundados ou incendiados), quase 9.000
maometanos foram capturados e 25.000 morreram. Ao passo que as perdas
católicas foram bem menores: 8.000 homens e apenas 17 galeras perdidas.
Vitória alcançada pelo Rosário.
Enquanto se travava a batalha contra os turcos em águas de Lepanto, a
Cristandade rogava o auxílio da Rainha do Santíssimo Rosário. Em Roma, o
Papa São Pio V pediu aos fiéis que redobrassem as preces. As Confrarias
do Rosário promoviam procissões e orações nas igrejas, suplicando a
vitória da armada católica.
O Pontífice, grande devoto do Rosário, no momento em que se dava o
desfecho da famosa batalha, teve uma visão sobrenatural, na qual ele
tomou conhecimento de que a armada católica acabara de obter espetacular
vitória. E imediatamente, exultando de alegria, voltou-se para seus
acompanhantes exclamando: “Vamos agradecer a Jesus Cristo a vitória que
acaba de conceder à nossa esquadra”.
A milagrosa visão foi confirmada somente na noite do dia 21 de
outubro (duas semanas após o grande acontecimento), quando, por fim, o
correio chegou a Roma com a notícia. São Pio V tinha meios mais rápidos
para se informar…
Em memória da estupenda intervenção de Maria Santíssima, o Papa
dirigiu-se em procissão à Basílica de São Pedro, onde cantou o Te Deum
Laudamus e introduziu a invocação Auxílio dos Cristãos na Ladainha de
Nossa Senhora. E para perpetuar essa extraordinária vitória da
Cristandade, foi instituída a festa de Nossa Senhora da Vitória, que,
dois anos mais tarde, tomou a denominação de festa de Nossa Senhora do
Rosário, comemorada pela Igreja no dia 7 de outubro de cada ano.
Ainda com o mesmo objetivo, de deixar gravado para sempre na História
que a Vitória de Lepanto se deveu à intercessão da Senhora do Rosário, o
senado veneziano mandou pintar um quadro representando a batalha naval
com a seguinte inscrição: “Non virtus, non arma, non duces, sed Maria
Rosarii victores nos fecit”. (Nem as tropas, nem as armas, nem os
comandantes, mas a Virgem Maria do Rosário é que nos deu a vitória).
Milagre: tropas soviéticas retiram-se da Áustria
Expulsos pelo Rosário Sem armas e sem sangue, Áustria se liberta dos comunistas.
Após a II Guerra Mundial, parte do território austríaco ficou sob
domínio comunista. Tudo foi feito para que os russos se retirassem,
todos os meios diplomáticos foram empregados. Contudo parecia impossível
obter a retirada dos tiranos soviéticos que oprimiam o país católico.
Através da recitação do Rosário, a nação austríaca inteira implorou a
libertação a Nossa Senhora de Fátima, pois só um milagre a salvaria.
Foi constituído um movimento chamado Rosenkranzsühnekreuzzug (Cruzada
Reparadora do Santo Rosário), por iniciativa do Padre capuchinho Petrus
Pavlicek (1902 – 1982). Em todas as cidades, vilas e aldeias crescia o
número de pessoas que aderiam ao movimento, comprometendo-se a rezar o
Rosário numa determinada hora. De tal modo que, 24 horas por dia, sempre
havia austríacos rezando, rogando à Virgem Santíssima pela libertação
do país do jugo comunista.
Muitas procissões foram organizadas nessa intenção. A maior delas
talvez tenha sido a realizada em 12 de setembro de 1954: uma enorme
procissão “aux flambeaux” (com tochas) em homenagem a Nossa Senhora de
Fátima, da qual participaram muitas autoridades.
500 mil austríacos já haviam aderido a essa Cruzada de orações em
1955. A Senhora do Rosário atendeu as insistentes súplicas, e o
impossível – naturalmente falando – ocorreu: em maio de 1955 as tropas
soviéticas abandonaram o território austríaco. Um autêntico milagre!
O que é o Terço ?

Cada Terço corresponde (a terça parte de um Rosário) e compõe-se de
cinco Mistérios, ou cinco dezenas; cada dezena corresponde a um
Pai-Nosso, dez Ave-Marias e um Glória ao Pai (é aconselhável que se reze
após o Glória a oração: “Ó meu Jesus perdoai-nos…”, que Nossa Senhora
em Fátima recomendou aos três pastorinhos de Fátima).
Antes de iniciar cada dezena, enuncia-se o Mistério correspondente e
nele devemos MEDITAR, ou seja, PENSAR, enquanto rezamos as Ave-Marias.
No final de cada Terço (que equivale a 50 Ave-Marias), é recomendável
rezar uma Salve Rainha ou um Lembrai-Vos.
O Terço e também o Rosário inicia-se com a recitação do Credo (resumo
das principais verdades cristãs, nas quais todo católico deve crer),
mas antes de começar a rezá-lo convém enunciar as intenções pelas quais
estamos pedindo. Pode-se colocar quantas intenções se desejar, bem como
pedir a graça de orar com piedade, fervorosamente e sem distrações.
Qual é o conteúdo do Rosário?
O Rosário se organizou tendo como referência os 150 salmos contidos
na Sagrada Escritura. A cada salmo, corresponde a uma Ave-Maria. A cada
dezena de Ave-Marias, intercalou-se um fato da vida de Jesus, um
“mistério”. Mistérios da alegria, da dor e da glória. Portanto 15
Mistérios ou 15 dezenas, equivale a 150 Ave-Marias (lembram os 150
salmos — poemas religiosos — de Davi, como já se mencionou acima). Assim
o Rosário é a soma dos três Terços.
Quando rezar o Rosário, pode-se — e por vezes é até conveniente —
recitar os três Terços separadamente, como, por exemplo, rezando um
Terço no período da manhã, outro à tarde e o terceiro à noite. No final
recomenda-se recitar a Ladainha lauretana.
No primeiro Terço contemplam-se os Mistérios Gozosos (as alegrias da
Virgem Santíssima), no segundo os Mistérios Dolorosos (as dores de Nosso
Senhor Jesus Cristo na Paixão e Morte) e no terceiro os Mistérios
Gloriosos (os triunfos de Nosso Senhor e de Nossa Senhora).
Quando a pessoa reza apenas um Terço (e não o Rosário inteiro), o
costume é, nas segundas e quintas-feiras, meditar os Mistérios Gozosos;
nas terças e sextas-feiras os Dolorosos; e nas quartas, sábados e
domingos os Gloriosos.
Esses 15 Mistérios correspondem aos principais acontecimentos da
Vida, Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor e aos principais
acontecimentos da vida de sua Santíssima Mãe.
A simbologia do Rosário.
O próprio Rosário é um símbolo. Ele forma um círculo. Sua saída
coincide com a chegada. Lembra o que Jesus falou: saí do Pai e volto ao
Pai (Jo 16, 28). Nós também viemos do Pai e devemos voltar a Ele. A
forma de fazê-lo é seguir Cristo, que se declarou nosso caminho (Jo 14,

e convida a cada um a segui-lo (Mt 19,21).
Pelo Rosário, meditamos na peregrinação que Jesus fez por este mundo
unindo-nos pelo fio da fé. Sem a fé, os dias de nossa vida viram um
amontoado de contas perdidas no chão, como acontece com as contas do
terço quando se quebra o fio que as mantém unidas.
O centro do Rosário é Cristo crucificado. Tendo-o nas mãos, recorda
que nossa vida e nossa oração devem ter seu centro em Cristo, em união
com a Mãe de Deus e Nossa Mãe, Maria Santíssima.
O Pai-Nosso.
O Rosário ensinado diretamente por Nossa Senhora compõe-se das mais
sublimes orações. A começar pelo Pai-Nosso, ensinado pelo próprio Nosso
Senhor Jesus Cristo aos Apóstolos, quando estes pediram: “Ensinai-nos a
rezar” (Lucas 11, 1). O Divino Redentor pronunciou as palavras do
Pai-Nosso, indicando-nos o meio de glorificar a Deus. É claro que Ele
não deixará de ouvir-nos, uma vez que suplicamos com as próprias
palavras que Ele nos ensinou.
A Ave-Maria.
Sem dúvida, uma das mais belas orações é a Ave-Maria, composta com a
saudação do Arcanjo São Gabriel, “Ave, ó cheia de graça, o Senhor é
contigo”; com as palavras de Santa Isabel, “Bendita sois Vós entre as
mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre”; e com o acréscimo
inserido pela Igreja, “Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós
pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém”. Em poucas palavras
essa oração encerra as principais grandezas de Nossa Senhora.
Diz São Luís Grignion de Montfort:
“A saudação angélica resume na mais concisa síntese toda a teologia
cristã sobre a Santíssima Virgem. Há nela um louvor e uma invocação:
encerra o louvor da verdadeira grandeza de Maria; a invocação contém
tudo que devemos pedir-Lhe e o que de sua bondade podemos alcançar”.
Este mesmo santo, e grande apóstolo do Rosário, conta que os hereges
têm horror à Ave-Maria. Eles podem até aprender a recitar o Pai-Nosso,
mas nunca a Ave-Maria: “Todos os hereges que são filhos do diabo….
prefeririam carregar sobre si uma serpente antes que um rosário”.
Não há graças que Deus não nos possa alcançar por meio de Maria a
quem peça por meio do Rosário. No entanto é bom lembrar que devemos nos
preparar para alcançar as graças que tanto pedimos.
Como devemos nos preparar.
Fazendo uma boa confissão a um Sacerdote com um arrependimento
profundo e repeti-la periodicamente ao menos uma vez por mês, receber a
Santíssima Eucaristia sempre que possível e que estivermos preparados
para a receber, rezar o Creio que é a profissão de Fé nas verdades
católicas.
Rezar nas intenções do Santo Padre o Papa. Ao menos 01 Pai Nosso 01 Ave Maria e 01 Glória ao Pai.
Também procurar estar dentro dos 7 Sacramentos da Igreja, próprio da
condição de cada um, e observar os 10 Mandamentos da Lei de Deus.
Há inúmeros documentos pontifícios exaltando a excelência do
Santíssimo Rosário. Neles os Papas recomendam empenhadamente essa
devoção. Devemos nos preparar para receber estas graças (indulgências),
pois o Rosário foi enriquecido ao longo dos séculos pelos Pontífices com
inúmeras indulgências.
Perseverar, em todos os dias na Oração, para que Maria interceda a
Jesus que na Sua infinita Misericórdia nos conceda os meios de alcançar
estas graças.
O que é rezar ?
Rezar é falar com Deus. Se dirigir a Deus, se expressar; seja com o pensamento ou com a voz.
Como rezar bem.
Agora que já tomamos conhecimento da importância do Santo Rosário, de
sua maravilhosa história e em que orações consiste, veremos não apenas
como rezá-lo — o que é muito fácil —, mas como rezar bem, o que não é
muito difícil, bastando um pouco de atenção.
Rezar bem o Rosário é simples e está ao alcance de todos. Não é
necessário ser um sábio ou um doutor em teologia. Além das singelas
orações acima indicadas, precisamos apenas contemplar os mistérios e as
palavras da cada oração, algo que até crianças podem fazer.
Oração vocal e oração mental.
A oração vocal é a recitação piedosa das cinco dezenas de Ave-Marias
(no caso do Terço), ou das 15 dezenas (no caso do Rosário). No início de
cada conjunto de 10 Ave-Marias reza-se o Pai-Nosso, e no final o Glória
ao Pai.
Em que consiste a oração mental ?
Enquanto se pronuncia as orações, em PENSAR OU CONTEMPLAR os
Mistérios (pode-se também MEDITAR, PENSAR nas palavras da Ave-Maria, do
Pai-Nosso ou do Glória).
O Rosário é um colóquio (uma conversa) com Deus e Nossa Senhora.
Enquanto com a voz Os louvamos, com o PENSAMENTO MEDITAMOS nos sublimes
mistérios, pois, sendo o homem composto de corpo e alma, com a boca e
com a mente deve glorificar seu Criador. O que equivale ao nosso dito
popular: “Não falar só da boca pra fora”, ou seja, sem amor, sem
coração, sem meditação. Se isso não acontecer poderá ser em vão nossa
oração.
Claro que tanto mais eficácia terá essa arma quanto maior nosso
envolvimento e devoção a utilizarmos. Assim, evitar de rezar o Rosário
despachadamente e distraído; procurar recitá-lo piedosamente e com
atenção, se possível de joelhos diante do Tabernáculo (sacrário) ou de
uma imagem de Jesus e/ou Nossa Senhora, vestido decentemente (homens e
mulheres e crianças) com respeito máximo e humildade a quem se dirige
como a Santa Igreja antigamente e hoje sempre ensinou.
Pode-se, porém, rezá-lo também sentado ou de pé — até mesmo deitado,
em caso de enfermidade, muito cansaço ou outra causa proporcionada —,
mesmo andando, mas evitando o quanto possível as distrações. Devemos
criar condições ambientais para facilitar nossa concentração no que
estamos fazendo.
Por isso Jesus levantava de madrugada para rezar. Subia as montanhas
para buscar o silêncio. Saía das cidades para rezar. Muitos santos
faziam isso.
Nós podemos nos fechar no quarto, no escritório ou nas Igrejas em
qualquer lugar em que ajude a nos concentrar; tirar tempo para Deus.
Entretanto, a distração involuntária, mesmo freqüente, não invalida o
valor da oração. Nunca se deve deixar de rezar o Terço por causa de
distrações. Pelo contrário, se temos dificuldade de rezar com perfeição,
rezemos ainda mais, para compensar um tanto pela quantidade o que
faltou à qualidade. Nosso Senhor elogia no Evangelho a oração
insistente.
O demônio inventará artifícios para nos distrair com bobagens, mas
precisamos rejeitá-las e concentrar nossa atenção. Se fizermos esforços
para rezar bem, ainda que não o consigamos inteiramente, isto já é
agradável a Nossa Senhora.
Rezar com Fé.
Fé significa acreditar, ter confiança que algo se realizará, ter confiança no que estamos fazendo.
Quando rezamos (pedimos, agradecemos, louvamos) temos a CERTEZA
ABSOLUTA que Deus com a Santíssima Virgem e todo os Céus está nos
ouvindo e vendo tudo. Pode Deus por intercessão de Maria não nos
conceder aquilo que pedimos, mas pode nos conceder outras graças que não
as pedimos e que são mais importantes para nós naquele momento. Pode
também não nos conceder quando desejamos, mas sim quando realmente
necessitamos.
As vezes para testar nossa fé e perseverança pode demorar um pouco em
nos atender, mas é de ABSOLUTA CERTEZA que nos atenderá, só não o
sabemos quando; pode ser na hora ou mais adiante…
Devemos lembrar: rezamos todos os dias no Pai Nosso seja feita a TUA VONTADE…
“Quem reza se salva, quem não reza se condena”.
Que oração será a mais eficaz a fim de alcançar toda espécie de
graças para nós, tão necessitados? E para a humanidade, tão depravada?
Os Papas, os Santos e a Igreja em geral incentivam de todos os modos
esta devoção, que a própria Medianeira de todas as graças nos ensinou.
Rezar o Santo Rosário é ser atendido com segurança, pois o Divino
Filho de Maria Santíssima sempre ouve os rogos de sua Mãe. Boníssima Mãe
nossa, que é também a Mãe do Juiz que nos julgará em nosso último dia.
Assim sendo, nada melhor que termos como advogada Aquela que nos obterá
toda espécie de graças para chegarmos bem diante do supremo Juiz.
Está portanto em nossas mãos a arma para a salvação, tanto nossa como deste caótico e desmoralizado mundo de hoje.
As Indulgências.
Devoção tão recomendada pelos Papas e tão aprovada pela Igreja, é o Rosário da Virgem Santíssima cumulado de indulgências.
Indulgência é uma remissão da pena temporal dos pecados. Com a
confissão que fazemos de nossos pecados, somos perdoados de nossas
culpas, mas permanecem as penas temporais devidas ao pecado.
O cumprimento da penitência imposta pelo sacerdote, após a
absolvição, satisfaz parcialmente as penas temporais. Os sofrimentos que
padecemos ajudam também a pagar tais penas. Contudo podem ainda aliviar
as penas temporais as indulgências que a Igreja concede às almas em
estado de graça, pelos méritos de Nosso Senhor e de Sua Santíssima Mãe e
dos santos.
Mas as indulgências são concedidas, sob certas condições, por
determinados atos de piedade. Um deles é a recitação do Rosário. Quando o
rezamos em igreja, em oratório público ou em família, ou ainda em
comunidade religiosa, lucramos uma indulgência plenária (libera no todo a
pena temporal), e quando rezamos o Rosário em outras circunstâncias,
lucramos indulgência parcial (libera em parte a pena).
Mesmo rezando apenas um Terço do Rosário podemos lucrar a indulgência
plenária, mas as cinco dezenas devem ser recitadas (oração vocal) sem
interrupção e meditando (oração mental) cada um dos cinco mistérios.
Nossa Senhora do Rosário, terror dos demônios.
Por imposição de Deus, o próprio demônio, em algumas circunstâncias,
foi obrigado a confessar — muito a contragosto em alguns exorcismos… —
que a Santíssima Virgem era sua maior inimiga, pois Ela conseguia salvar
almas que estavam já em suas garras, praticamente condenadas ao
inferno.
Nossa Senhora é o Terror dos demônios, Aquela que esmaga a cabeça da
serpente infernal, como é representada em muitas de suas imagens – na
Medalha Milagrosa, por exemplo. Em seu famosíssimo Tratado da Verdadeira
Devoção, São Luís Maria Grignion de Montfort escreve: “Maria é a mais
terrível inimiga que Deus armou contra o demônio”.
E, ainda nesse mesmo sentido: “Armai-vos, pois, com estas armas de
Deus, armai-vos do santo Rosário e esmagareis a cabeça do demônio, e
vivereis tranqüilos contra todas suas tentações. Daí vem que o Rosário,
mesmo o objeto material, seja tão terrível ao diabo, que os Santos se
tenham servido dele para encadear o demônio e expulsá-lo do corpo dos
possessos, segundo testemunham várias histórias”.
De onde se vê que é excelente ter sempre consigo o Terço no bolso, durante o dia, e à noite ao pescoço ou sob o travesseiro.
Uma arma por excelência da vitória sobre o mal.
Depois da Santa Missa o Rosário é a arma secreta mais poderosa que
Deus coloca nas mãos de seus fiéis soldados, na luta contra Satanás e
seus sequazes que andam pelo mundo para perder as almas. Esta
poderosíssima arma está à disposição de todos os católicos devotos do
Rosário da Santíssima Virgem. Com ela receberemos proteção nos assaltos
do demônio e estaremos prontos a enfrentar todas as dificuldades desta
vida.
Quem nos garante isto é o próprio São Luís Grignion de Montfort:
“Ainda que vos encontrásseis à beira do abismo ou já tivésseis um pé
no inferno; ainda que tivésseis vendido vossa alma ao diabo, ainda que
fôsseis um herege endurecido e obstinado como um demônio, cedo ou tarde
vos converteríeis e salvaríeis, desde que (vos repito, e notai as
palavras e os termos de meu conselho) rezeis devotamente todos os dias o
Santo Rosário até a morte, para conhecer a verdade e obter a contrição e
o perdão de vossos pecados”.
Benefícios e graças que podemos conseguir rezando o Santo Rosário com a meditação dos mistérios:
> Eleva-nos insensivelmente ao perfeito conhecimento de Jesus Cristo;
> purifica nossas almas do pecado;
> permite-nos vencer a nossos inimigos;
> facilita-nos a prática das virtudes;
> abrasa-nos no amor de Jesus Cristo;
> habilita-nos a pagar nossas dívidas para com Deus e os homens;
> por fim, obtém-nos de Deus toda espécie de graças.
São Luís Grignion de Montfort
(Obras de San Luis Maria Grignion de Montfort, El secreto admirable
del Santissimo Rosario, Biblioteca de Autores Cristianos, Madrid, 1954,
p. 353).
As orações do Rosário.
Credo. (Creio)
“Creio em um só Deus, Pai todo poderoso, Criador do Céu e da terra,
de todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor, JESUS
CRISTO, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os
séculos: Deus de Deus, luz de luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro;
gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por ele todas as coisas foram
feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos Céus. E se
encarnou pelo ESPÍRITO SANTO, no seio da Virgem MARIA e se fez homem.
Também por nós homens, foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi
sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as escrituras; e subiu
aos Céus, onde está sentado à direita do PAI. De novo há de vir em Sua
Glória, para julgar os vivos e os mortos; e o Seu Reino não terá fim.
Creio no ESPÍRITO SANTO, Senhor que dá a vida, e procede do PAI e do
FILHO. Com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: ELE que falou pelos
profetas. Creio na Igreja uma, santa, católica e apostólica. Professo um
só batismo para a remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos
mortos, e a vida do mundo que há de vir. Amém.”
Pai-Nosso.
Pai nosso que estais no Céu, santificado seja o vosso nome; venha a
nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade assim na Terra como no
Céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai as nossas dívidas,
assim como nós perdoamos os nossos devedores; e não nos deixeis cair em
tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.
Ave-Maria.
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois Vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, Mãe de Deus e nossa mãe, rogai por nós os pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.
Glória.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Assim como era no
princípio, agora e sempre e por todos os séculos dos séculos. Amém.
Ó meu bom Jesus… (oração ensinada na Aparição de Fátima – Portugal.)
Ó meu bom Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as
almas todas para o Céu, principalmente as que mais precisarem.
Salve Rainha.
Salve, Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa,
salve! A vós bradamos, degredados filhos de Eva. A vós suspiramos,
gemendo e chorando neste vale de lágrimas. E, pois, advogada nossa,
esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois deste desterro
mostrai-nos Jesus, bendito fruto de vosso ventre, ó clemente, ó
piedosa, ó doce sempre Virgem Maria.
Rogai por nós, Santa mãe de Deus.
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.
Lembrai-Vos.
Lembrai-Vos, ó puríssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que
algum daqueles que têm recorrido à Vossa proteção, implorado a Vossa
assistência e reclamado o Vosso socorro fosse por Vós desamparado.
Animado eu, pois, de igual confiança, a Vós, ó Virgem entre todas
singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho, e gemendo sob o peso de
meus pecados, me prostro a Vossos pés. Não desprezeis as minhas
súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-Vos de as ouvir
propícia e de me alcançar o que Vos rogo. Assim seja. Amém.
OS 15 MISTÉRIOS DO SANTO ROSÁRIO
Para rezar o Rosário:
Inicia-se com o sinal da Cruz; ato de contrição (pedido de perdão a
Deus), uma invocação ao Divino Espírito Santo (Vinde Espírito Santo…
coloca-se as intenções por quem que é oferecido); reza-se o Creio…; 1
Pai Nosso 3 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai…; anuncia-se o Mistério e segue
com 1 Pai Nosso e 10 Ave-Marias em cada, até completar os 15 Mistérios;
termina com uma Salve Rainha.
No final de cada Mistério reza-se a Jaculatória ensinada por N.Senhora
em Fátima, (Ó Meu Bom Jesus Perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno
levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente as que mais
precisarem.)
A reza de cada dez Ave-Marias está acompanhada pela meditação do mistério respectivo.
Mistérios Gozosos
Segundas e Quintas
Primeiro Mistério Gozoso: A Anunciação do Anjo Gabriel à Maria. (São Lucas 1:28)
Segundo Mistério Gozoso: A Visita de Maria à sua prima Isabel. (São Lucas 1:41,42)
Terceiro Mistério Gozoso: O Nascimento de Jesus (São Lucas 2:7)
Quarto Mistério Gozoso: A Apresentação do Menino Jesus no templo (São Lucas 2:22-23)
Quinto Mistério Gozoso: O Encontro de Jesus no templo (São Lucas 2:46)
Mistérios Dolorosos
Terças e Sextas
Primeiro Mistério Doloroso: A Oração de Jesus no Horto (São Lucas 22:43-44)
Segundo Mistério Doloroso: A Flagelação de Jesus Cristo (São João 19:1)
Terceiro Mistério Doloroso: A Coroação de Espinhos (São Mateus 27:28-29)
Quarto Mistério Doloroso: Jesus Cristo leva a Cruz (São João19:17)
Quinto Mistério Doloroso: A Crucificação e Morte de N.S.J.C. (São Lucas 23:46)
Mistérios Gloriosos
Quartas, Sábados, e Domingos
Primeiro Mistério Glorioso: A Ressurreição de N.S.J.C, (São Marcos 16:6)
Segundo Mistério Glorioso: A Ascensão de Jesus Cristo ao Céu. (São Marcos 16:19)
Terceiro Mistério Glorioso: A Vinda do Divino Espírito Santo (Atos dos Apóstolos 2:4)
Quarto Mistério Glorioso: A Assunção da Virgem Maria (Judite 15:10-11)
Quinto Mistério Glorioso: A Coroação de Maria Santíssima (Apocalipse 12:1)
A Virgem Santíssima em Fátima e o pedido ao Santo Rosário.
Quando Lúcia perguntou à Santíssima Virgem, na aparição de 13 de outubro de 1917, em Fátima, o que desejava, Ela respondeu:
“Quero dizer-te que façam aqui uma capela em minha honra; que sou a
Senhora do Rosário; que continuem sempre a rezar o Terço todos os dias”.
“Rezar o Terço todos os dias” — Que conselho mais excelente que este?
Que criatura mais elevada que a Virgem Santíssima poderia transmiti-lo?
Sendo que a própria Mãe de Deus – e também nossa Mãe – nos faz esse
pedido, como poderemos recusá-lo? Impossível seria! Atendendo-A, seremos
atendidos e alcançaremos todas as graças que suplicarmos com fé e
confiança.
Em várias outras aparições Nossa Senhora recomendou a devoção ao
Rosário, mas especialmente em Fátima Ela insistiu nessa prática marial
como meio para se obter a conversão do mundo.
Apresentando-se como a Senhora do Rosário, Ela veio alertar o mundo
para os terríveis castigos que ocorreriam caso não se desse uma
conversão geral; caso os homens não deixassem de ofender a Deus com seus
pecados e não houvesse uma reparação por esses pecados.
Isto se passou no início do século XX. Neste início do século XXI,
quem se atreveria a dizer que tais pedidos foram atendidos? Claro que
ninguém! Basta olhar um pouco em torno de nós, para ver justamente o
contrário: a decadência moral acentua-se dia a dia; os Mandamentos de
Deus são abandonados; os pecados aumentam; as ofensas a Nosso Senhor
tornam-se ainda mais agressivas. Basta abrir os jornais, para constatar a
alarmante dissolução da família, as modas imorais, o nudismo, o aborto,
a prostituição, as drogas, o homossexualismo etc.
Em vista disso, a Senhora de Fátima pede-nos “oração, penitência e
reparação”. Insiste na recitação diária do Rosário, para a conversão das
almas pecadoras e do mundo.
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